O lançamento da produção, que está sendo realizada a partir do projeto, está previsto para o mês de julho
Depois de criar o Bolsa Bode que ganhou dimensão nacional, o Município de Tejuçuoca, localizado a 155 quilômetros de Fortaleza, localizado no Vale do Curu, inova e cria o Bolsa Cactus, um projeto que tem como finalidade a ocupação e renda da comunidade de Riacho das Pedras a 12 quilômetros da sede. Inicialmente dez pessoas fazem parte do Teju Cactus, que produzirá espécies nativas e exóticas. O lançamento da produção está previsto para o mês de julho, quando a cidade realiza a festa agropecuária Tejubode, um verdadeiro festival da culinária nordestina, este ano, com a presença já confirmada do cantor Leonardo. Remuneração Os bolsistas do programa recebem R$ 100,00 mensalmente para que possam custear despesas com as capacitações e dedicação permanente ao projeto pioneiro no Ceará. Quem participa do Bolsa Cactus não esconde a alegria de poder assegurar uma econômia a mais na renda familiar. É o caso de Antônio Evaldo Henrique da Silva que aposta na nova modalidade. "Esse programa irá modificar o meio ambiente e fortalecer a cadeia produtiva, além de garantir mecanismos para o negócio fora do Estado. Estou muito feliz em poder estar entre os beneficiados desse grande empreendimento que só nos garante cidadania", comemora seu Evaldo da Silva. Quem também não pensou duas vezes para ingressar na produção das espécies nativas, foi Maria Edilane Barbosa da Silva, que já está no Bolsa Bode. "São ideias que mudam a nossa vida e tornam-se economicamente importante, porque só depende dos nossos esforços e dedicação. Sou otimista com o que chega de bom a nossa região", elogia Edilane Barbosa. "Mesmo com o projeto em fase inicial, todos os envolvidos já têm um grande acervo de matrizes de cactáceas, que servirão de apoio e ampliação do programa em outras regiões", lembra o secretário de Desenvolvimento Rural, Paulo César. Mercado local O mercado local será a base da produção, porém, existem negócios firmados para os mercados de São Paulo e Rio Grande do Sul, que tem tradição nesta produção - embora utilizem-se de pesadas tecnologias para estruturas que possam oferecer clima especialmente quente para que os vegetais possam se desenvolver normalmente, enquanto que no Ceará, tudo é naturalmente favorável, pois as cactáceas são vegetais típicos de áreas de desertos ou semi-áridas e necessitam de clima quente e de poucas chuvas. De acordo com Eliseu Joca que participa do programa como articulador, valores agregados estão também previstos, que serão a produção de vasos de barro para a ornamentação ou criação de mini ambientes bem nordestinos, onde os cactos serão destaques na paisagem. Capacitação "Assim, os bolsistas receberão também capacitação para a produção de vasos de barro para que possam agregar valores à sua produção, além da comercialização estabelecida por outros mercados do Brasil", explica Eliseu Joca. Tejuçuoca é o primeiro Município do Estado do Ceará a produzir esse tipo de cactáceas. "Nós estamos apostando no futuro das pessoas, porque esse é o grande caminho para evitar o êxodo rural, tirar as pessoas da ociosidade, e, o que é mais importante, dar o direito de trabalho para que elas possam viver com o seu próprio esforço", frisa o prefeito da cidade, Edilardo Eufrásio. "A nossa intenção é expandir para outras áreas semiáridas esse projeto, porque entendemos que será mais uma oportunidade de negócios de nosso povo. Precisamos criar meios e não ficarmos somente esperando pela agricultura de subsistência. Nossa região é muita rica em potencial e para isso, precisamos explorá-la", garante Edilardo Eufrásio. FABRICAÇÃO Unidades Produtoras serão implantadas em distritos Tejuçuoca. O Bolsa Cactus tem uma programação para dez meses, quando os bolsistas receberão R$ 100,00 pela participação, capacitação e produção para venda das cactáceas ornamentais. "Tudo terá como objetivo, a comercialização como meio de ocupação e renda", ressalta o prefeito Edilardo Eufrásio. Como incentivo, será construída em Riacho das Pedras, uma Unidade Produtora (UP) e mais núcleos residenciais de produção de cactos para diversos mercados previstos. "A Bolsa Cactus é um incentivo da Prefeitura, as demais estruturas, como capacitação e produção fazem parte do plano de pesquisas da Universidade Federal do Ceará", frisou o prefeito Edilardo Eufrásio.
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